A irrupção dos dentes de "leite" (decíduos) começa a surgir na boca do bebê a partir dos 7 meses aos 2 anos e 6 meses de idade, completando assim a primeira dentição do ser humano, com 20 dentes decíduos.
A indicação de uma mecanoterapia ortodôntica (utilização de aparelhos) não é realizada antes dos 5 anos de idade, porém já se faz necessário observar a genética da criança e fatores ambientais que podem influenciar o padrão oclusal e facial, como por exemplo, hábitos persistentes de sucção, e respiração bucal, o qual se realiza o encaminhamento para um otorrinolaringologista.
Podem existir apinhamentos na dentição decídua em 10% das crianças, devido a falta de sincronismo entre o crescimento dos arcos alveolares e o diâmetro dos dentes. Uma vez os incisivos decíduos irrompidos, o arco dentário não irá alterar-se mais (caso ocorra alteração, não é perceptível clinicamente), ou seja, eles permanecerão apinhados ao longo da dentadura decídua. Porém, esta situação altera-se com o nascimento dos dentes permanentes, a partir dos 6 anos de idade, podendo ocorrer um alinhamento espontâneo destes devido ao crescimento da largura do arco dentário.
Também é de suma importância citarmos o aleitamento materno, o qual promove o desenvolvimento de uma musculatura perioral competente, assim como auxilia para uma menor dependência futura dos hábitos deletérios de sucção.
Condutas como estas visam um crescimento saudável do sistema estomatognático, sendo consideradas como "ortodontia preventiva".
Fonte: Cabrera, C.A.; Cabrera, M.C.Ortodontia Clínica. Vol.1. Cap.2. p.51-61.
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